José de Abreu: Retorno Triunfal ao Teatro em 'A Baleia' e Críticas à Direita

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José de Abreu, um dos atores mais renomados do Brasil, está de volta aos palcos após 12 anos de ausência, protagonizando a peça 'A Baleia' no Teatro Adolpho Bloch, no Rio de Janeiro. Aos 79 anos, ele interpreta um professor gay com obesidade mórbida, um papel desafiador que exige uma imersão profunda tanto física quanto emocionalmente.

'A Baleia': Uma Imersão no Drama Humano

A peça, uma adaptação da obra de Samuel D. Hunter que também inspirou o filme vencedor do Oscar com Brendan Fraser, aborda temas sensíveis como homofobia, gordofobia e a busca por redenção. Abreu destaca a importância de mergulhar no interior do personagem, transcendendo a transformação física, que inclui o uso de enchimentos e maquiagem para personificar um homem de quase 300 quilos.

Para suportar o calor sob a pesada caracterização, o ator utiliza um traje climatizado com quatro quilos de gelo. "Confortável não é. Só de gelo, aqui tem quatro quilos", revela Abreu, demonstrando o comprometimento com a autenticidade do papel.

Críticas à Direita e Defesa da Arte

Em entrevista, José de Abreu não poupou críticas à direita e à postura conservadora em relação à arte. "A direita não gosta de arte, porque incomoda muito, né? A primeira coisa que se faz em uma ditadura é a censura", afirmou o ator, defendendo o papel da arte como instrumento de questionamento e transformação social.

Um Teatro Revigorado

Abreu também expressou otimismo em relação ao cenário teatral brasileiro, especialmente após o mandato de Bolsonaro. Ele acredita que o teatro está revigorado e pronto para abordar temas relevantes e provocar reflexões no público. Sua volta aos palcos com 'A Baleia' é vista como um marco importante neste processo de renovação.

  • A peça estreou no Teatro Adolpho Bloch, no Rio de Janeiro.
  • José de Abreu interpreta um professor gay com obesidade mórbida.
  • A montagem aborda temas como homofobia e gordofobia.
  • O ator critica a postura da direita em relação à arte.