Ciro Gomes na Mira da Justiça! Gleisi Apoia Prisão por Ataques Machistas?

A Advocacia do Senado Federal solicitou a prisão preventiva do ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), em decorrência de reiterados ataques e ofensas direcionadas à atual prefeita de Crateús (CE) e ex-senadora, Janaína Farias (PT). A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), manifestou seu apoio à medida, classificando as declarações de Ciro como “gravíssimas” e de “machismo repugnante”.

O pedido de prisão preventiva foi protocolado na Justiça Eleitoral do Ceará, no âmbito de uma ação que apura violência política de gênero. As ofensas de Ciro a Janaína remontam a abril do ano anterior, quando ela assumiu uma cadeira no Senado, substituindo o então ministro da Educação, Camilo Santana. Na época, Ciro a teria chamado de "cavalo" de Camilo e insinuado que sua única "realização" seria ter sido assessora de "assuntos de cama" do ministro.

As declarações geraram grande repercussão e motivaram a atuação do Ministério Público Eleitoral cearense, que denunciou Ciro por violência política de gênero. A Advocacia do Senado, por sua vez, ingressou como assistente de acusação, dada a condição de senadora de Janaína à época dos fatos.

Mesmo após as denúncias e uma determinação judicial que o obrigava a manter distância de Janaína e cessar os ataques, Ciro teria continuado a proferir ofensas, o que motivou o novo pedido de prisão preventiva. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) já havia imposto a Ciro Gomes uma multa de R$ 52 mil.

Gleisi Hoffmann, em sua manifestação, afirmou que Ciro vem desafiando a Justiça com ataques reiterados desde 2024. “Agiu muito bem a Advocacia do Senado ao pedir prisão preventiva de Ciro Gomes por seus ataques à ex-senadora e atual prefeita de Crateús (CE), Janaína Farias. As ofensas de Ciro são gravíssimas e de machismo repugnante. Ele vem desafiando a Justiça com ataques reiterados desde 2024. Toda solidariedade à prefeita Janaína”, escreveu a ministra em sua conta no X (antigo Twitter).

A defesa de Ciro Gomes alega que as declarações se tratam de críticas políticas e que não configuram violência de gênero. O caso segue em análise pela Justiça Eleitoral do Ceará.