Nepal em Crise: Protestos Violentos Derrubam Primeiro-Ministro!
O Nepal enfrenta uma onda de protestos sem precedentes nas últimas décadas, mergulhando o país em um estado de instabilidade política e social. As manifestações, inicialmente motivadas pela crescente indignação com a corrupção generalizada e a controversa proibição do uso de redes sociais pelo governo, escalaram para atos de violência, incluindo incêndios criminosos e vandalismo.
Renúncia do Primeiro-Ministro e Escalada da Violência
Diante da intensificação dos protestos e da crescente violência, o primeiro-ministro Khadga Prasad Oli renunciou ao cargo. Sua renúncia ocorreu após relatos de vandalismo em residências de políticos, incluindo a sua própria, e ataques incendiários a prédios governamentais e ao parlamento.
Os confrontos resultaram em um saldo trágico de 30 mortos e mais de 1.000 feridos em apenas dois dias. A situação alarmante levou o governo a mobilizar o Exército do Nepal para patrulhar as ruas da capital, Katmandu, na tentativa de restabelecer a ordem e a segurança.
Geração Z na Linha de Frente dos Protestos
Curiosamente, os protestos têm sido liderados por grupos da Geração Z, a primeira geração de nativos digitais nascidos entre 1995 e 2010. No entanto, esses grupos negam qualquer envolvimento nos atos de destruição, alegando que as manifestações foram "sequestradas" por "oportunistas" que se aproveitaram da situação para promover a violência.
Retorno Gradual à Normalidade e Toque de Recolher
Nesta quarta-feira (10/09), o aeroporto de Katmandu foi reaberto e a capital apresentava um cenário relativamente mais calmo, com a maioria dos moradores obedecendo ao toque de recolher imposto pelas autoridades. No entanto, ainda era possível observar a fumaça proveniente dos prédios danificados, um lembrete sombrio da violência recente.
O toque de recolher permanecerá em vigor até a manhã de quinta-feira (11/09), e o exército emitiu um alerta severo de que qualquer ato de violência ou vandalismo será punido com rigor. Até o momento, 27 pessoas foram presas sob acusações de saqueamento e violência, e 31 armas foram apreendidas pelas autoridades.
O Nepal enfrenta um momento crucial em sua história, e o futuro do país permanece incerto enquanto busca superar a crise política e social que o assola.