Após a divulgação dos áudios do VAR do clássico Choque-Rei, o presidente do São Paulo, Julio Casares, expressou tanto agradecimento quanto insatisfação à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Inicialmente, Casares ligou para Samir Xaud, mandatário da CBF, para agradecer a divulgação de quatro áudios referentes a lances polêmicos da partida.
Os áudios divulgados pela CBF na manhã anterior detalhavam as análises do VAR em relação a lances como as potenciais expulsões de Andreas Pereira e Gustavo Gómez, e um possível pênalti de Allan em Tapia. Estes lances haviam gerado grande controvérsia e reclamações por parte da diretoria e torcida do São Paulo.
No entanto, a satisfação de Casares durou pouco. Após a divulgação do quinto áudio, referente a uma possível falta em Tapia no lance que originou o primeiro gol do Palmeiras, o presidente do São Paulo entrou em contato com Rodrigo Cintra, da Comissão de Arbitragem da CBF. Sua reclamação girou em torno da rapidez da checagem do VAR e dos ângulos das imagens utilizadas na análise.
Segundo apurações, Casares questionou a interpretação do VAR, que considerou o lance como "tudo limpo", e a afirmação do árbitro Ramon Abatti Abel de que Tapia estaria se jogando. A rápida confirmação do gol pelo VAR Ilbert Estevam da Silva também foi alvo de críticas.
O São Paulo planeja protocolar um pedido formal à CBF nesta sexta-feira, solicitando que o árbitro Ramon Abatti Abel e o VAR Ilbert Estevam da Silva não sejam mais escalados para jogos da equipe. A diretoria entende que a atuação da arbitragem no Choque-Rei foi prejudicial ao clube e busca evitar futuras controvérsias.
A polêmica em torno da arbitragem no Choque-Rei reacende o debate sobre a utilização do VAR e a necessidade de maior transparência e critérios uniformes na análise dos lances. O caso segue gerando discussões entre torcedores, especialistas e dirigentes esportivos.