A tensão entre China e Estados Unidos escalou nesta semana com o anúncio de novas sanções por parte de Pequim. Desta vez, o alvo são cinco subsidiárias americanas da gigante sul-coreana Hanwha Ocean, em resposta ao que a China considera ser um apoio a investigações que ameaçam sua soberania e interesses de desenvolvimento.
Sanções Ampliam Aversão ao Risco
As medidas, anunciadas pelo Ministério do Comércio chinês, geraram um impacto imediato nos mercados globais, aumentando a aversão ao risco. As ações da Hanwha Ocean sofreram uma queda de até 8% na Bolsa de Seul, enquanto as construtoras navais chinesas registraram ganhos.
Retaliação Bilateral Aumenta a Pressão
Essa ação se soma a uma série de retaliações bilaterais recentes entre as duas maiores economias do mundo. A China já ampliou os controles sobre exportações de terras raras e minerais críticos, enquanto os Estados Unidos reforçaram barreiras tecnológicas e ameaçaram com tarifas de 100% sobre produtos chineses a partir de 1º de novembro.
Terras Raras: Arma Estratégica da China
A restrição chinesa à exportação de terras raras, minerais essenciais para a fabricação de chips, veículos elétricos e armamentos, é um ponto central da disputa. Um estudo recente apontou que uma grande porcentagem dos sistemas de armas americanos depende de ímãs fabricados a partir de terras raras chinesas, o que demonstra a importância estratégica desses minerais.
Possibilidade de Diálogo Persiste
Apesar da escalada, há sinais de que o diálogo entre os dois países pode ser retomado. O Secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, confirmou a existência de "comunicações substanciais" entre os governos e a possibilidade de um encontro entre os presidentes Trump e Xi Jinping na Coreia. Resta saber se essas negociações serão suficientes para evitar uma guerra comercial ainda mais intensa.