O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou: o horário de verão não será retomado em 2025. A decisão, que já havia sido sinalizada, foi reiterada em entrevista recente, trazendo alívio para alguns e decepção para outros.
Por que a Decisão? Segurança Energética em Primeiro Lugar
Segundo o ministro, o Brasil se encontra em uma situação de "segurança energética completa e absoluta". O Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, que se reúne mensalmente, avaliou que o planejamento energético e os bons índices pluviométricos dos últimos anos garantem o abastecimento sem a necessidade de adiantar os relógios.
Silveira enfatizou que não há risco de sobrecarga no Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que reforça a segurança da decisão. A dependência das usinas hidrelétricas, complementada pelo funcionamento das térmicas em momentos de pico, garante a estabilidade do sistema.
O Futuro da Energia Renovável e o Leilão de Baterias
O governo aposta no armazenamento de energia por baterias para otimizar o uso de fontes renováveis, como a eólica e a solar, que são intermitentes por natureza. Um leilão de baterias está previsto para este ano, com o objetivo de "armazenar vento" e permitir o uso da energia solar por até 22 horas.
"Através da bateria, vamos ter o sol até 22 horas armazenado. Energia solar armazenada em baterias. É um grande sistema que vem estabilizar o nosso sistema", completou o ministro.
Repercussão e Próximos Passos
A decisão de não retomar o horário de verão encerra um debate que se arrastava há anos, dividindo opiniões entre aqueles que defendiam a economia de energia e os que criticavam os impactos no ritmo biológico e na saúde. Resta agora acompanhar os próximos passos do governo no setor energético, com foco no desenvolvimento de fontes renováveis e no aprimoramento do sistema de armazenamento de energia.