Novas tensões surgem na América Latina após um ataque das Forças Armadas dos Estados Unidos a uma embarcação próxima à costa da Venezuela. O presidente Donald Trump, através de sua rede social, a Truth Social, declarou que o ataque resultou na morte de seis pessoas. Este é o sexto incidente do tipo, elevando o número total de mortos para 27 desde o início da campanha em 2 de setembro.
Segundo Trump, a embarcação estava envolvida com narcotráfico e era afiliada a uma organização terrorista. A Casa Branca alega que os barcos estão ligados à facção Tren de Aragua, considerada uma organização terrorista internacional pelo governo Trump. Imagens divulgadas pelo governo dos EUA mostram barcos sendo destruídos em águas internacionais próximas à Venezuela.
A China, por meio do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Lin Jian, criticou o ataque e reiterou sua oposição à interferência externa nos assuntos internos da Venezuela. Jian enfatizou que a China se opõe à ameaça ou ao uso da força nas relações internacionais e que Pequim rechaça qualquer medida que mine a paz e a estabilidade na América Latina e no Caribe.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, respondeu aos movimentos dos EUA determinando exercícios militares nas maiores comunidades do país. Maduro declarou que ativará toda a força militar de defesa integral, popular, militar e policial.
Reações Internacionais
A situação gerou preocupação em diversos setores, com questionamentos sobre a legalidade das ações dos EUA sem a autorização das Nações Unidas. A China defende o combate a crimes transfronteiriços por meio de cooperação internacional, mas se opõe às ações consideradas “excessivas” por parte dos Estados Unidos.
Rotas de Tráfico
Especialistas apontam que o Caribe não é a principal rota de tráfico de drogas para os EUA, sendo responsável por uma pequena porcentagem da cocaína e do fentanil que entra no país. Essa última droga é a principal responsável por mortes provocadas por overdose nos Estados Unidos.