O Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, nos lembra de um desafio persistente: a fome. Apesar dos avanços tecnológicos e da produção global de alimentos, milhões de pessoas ainda sofrem com a insegurança alimentar. Daniel Balaban, diretor do Centro de Excelência contra a Fome do Programa Mundial de Alimentos (WFP) no Brasil, da ONU, destaca que mais de 600 milhões de pessoas no mundo passam fome.
As Causas da Fome no Mundo
Segundo Balaban, a disponibilidade de alimentos não é o problema central. A questão crucial é o acesso. Conflitos e guerras são apontados como a principal causa da fome, seguidos de perto pelas mudanças climáticas, que afetam a produção agrícola e a disponibilidade de recursos naturais essenciais.
José Eli da Veiga, em sua coluna na Rádio USP, ecoa essa preocupação. Ele lamenta que, mesmo com os progressos dos séculos XX e XXI, a fome e a má nutrição persistam. Veiga enfatiza a importância do trabalho de pesquisadores como Ricardo Abromovay, que buscam superar a monotonia do sistema agroalimentar e promover uma transição para modelos mais sustentáveis e justos.
Soluções e Desafios
Balaban defende a criação de sistemas alimentares organizados e curtos, que garantam o acesso a alimentos de qualidade para as populações necessitadas. No Brasil, embora a insegurança alimentar seja menor que em outros países, ainda é inaceitável que uma parcela da população sofra com a falta de acesso à alimentação adequada.
- Combate às mudanças climáticas
- Resolução de conflitos armados
- Fortalecimento de sistemas alimentares locais
- Políticas públicas de segurança alimentar e nutricional
O Dia Mundial da Alimentação é um chamado à ação. É fundamental que governos, organizações da sociedade civil e cidadãos se unam para enfrentar esse desafio global e garantir o direito à alimentação para todos.