Argélia lidera comboio humanitário para Gaza em protesto contra bloqueio
Um comboio de ajuda humanitária, liderado por ativistas e profissionais do Norte da África, partiu rumo à Faixa de Gaza nesta segunda-feira, 9 de junho de 2025, em um esforço para romper o bloqueio israelense imposto ao território palestino. A iniciativa, que partiu da Tunísia, visa levar suprimentos essenciais e manifestar solidariedade ao povo palestino.
Comboio da Resiliência: Um símbolo de esperança
O comboio, denominado 'Soumoud' (Resiliência, em árabe), é composto por cerca de 100 veículos e conta com a participação de milhares de voluntários de países como Argélia, Egito, Líbia, Marrocos e Tunísia. Entre os participantes, encontram-se figuras sindicais e políticas, ativistas de direitos humanos, atletas, advogados, médicos, jornalistas e membros de organizações juvenis.
O percurso e os desafios
O percurso planejado envolve a passagem pela fronteira entre Tunísia e Líbia, seguindo pela costa líbia até o Cairo, no Egito. De lá, o comboio pretende chegar à passagem de Rafah, na fronteira entre Egito e Palestina, para entregar a ajuda humanitária e mensagens de apoio. No entanto, a entrada no Sinai do Norte ainda depende da autorização das autoridades egípcias, o que lança incertezas sobre a chegada efetiva do comboio a Gaza.
Gaza: Uma crise humanitária alarmante
A iniciativa ganha ainda mais relevância diante da grave crise humanitária em Gaza, descrita pelas Nações Unidas como 'o lugar mais faminto da Terra'. Quase meio milhão de pessoas enfrentam uma situação catastrófica de fome, desnutrição aguda, inanição, doenças e morte. O bloqueio israelense, que já dura 18 anos, agrava a situação e dificulta o acesso a alimentos, água, medicamentos e outros recursos essenciais.
- O comboio é um ato de solidariedade em face do sofrimento em Gaza.
- Busca aumentar a conscientização internacional sobre a crise humanitária.
- Tenta entregar ajuda vital para a população palestina.
O xeique Yahya Sari, da Associação Argelina de Estudiosos Muçulmanos, expressou em uma publicação no Facebook: 'Esta é uma mensagem para o povo de Gaza: Vocês não estão sozinhos. Compartilhamos sua dor, e esta é uma forma de pressão pública contra o ocupante diante do fracasso internacional em impedir os massacres.'