A Invepar, gigante da infraestrutura, acaba de anunciar uma mudança significativa no cenário carioca: a transferência do controle da Lamsa, concessionária responsável pela Linha Amarela, para o fundo árabe Mubadala Capital. A transação, que envolve a cessão de 60% das ações da empresa, representa um marco na reestruturação financeira da Invepar e levanta questões sobre o futuro da via expressa que liga a Ilha do Fundão à Barra da Tijuca.
Detalhes da Negociação Milionária
A operação, avaliada em R$ 349,7 milhões, será realizada através da conversão de debêntures em ações. Em outras palavras, a Invepar quitará sua dívida com o Mubadala entregando uma fatia majoritária da Lamsa. Apesar da mudança no controle, a Invepar manterá uma participação de 39,7% na concessionária.
O Que Muda Para os Usuários da Linha Amarela?
Ainda é cedo para prever o impacto direto da mudança de controle nos usuários da Linha Amarela. A operação depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Prefeitura do Rio de Janeiro. A Companhia Carioca de Parcerias de Investimentos (CCPar) informou que avaliará a negociação após o envio da documentação pela concessionária.
- Possíveis Investimentos: A entrada do Mubadala Capital pode injetar novos recursos na Linha Amarela, resultando em melhorias na infraestrutura e nos serviços oferecidos.
- Novas Estratégias de Gestão: O fundo árabe pode implementar novas estratégias de gestão visando otimizar a operação da via expressa.
- Tarifas: É importante ficar atento a possíveis mudanças nas tarifas da Linha Amarela após a conclusão da transação.
A Invepar busca com essa manobra reduzir suas dívidas acumuladas com credores de R$ 1,5 bilhão para cerca de R$ 1,2 bilhão. Além disso, a empresa ganhou mais prazo para renegociar suas dívidas, com a prorrogação do acordo extrajudicial com os principais credores até 29 de dezembro de 2025.
A operação é semelhante à que foi feita com o Metrô Rio há quatro anos, quando uma dívida da Invepar também foi convertida em participação acionária. Desde então, o Mubadala assumiu o controle da concessionária do metrô na cidade.