PCC Planejava Atentados Contra Promotor e Diretor de Presídio, Revela Gakiya
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) ordenou sua execução e a do coordenador de presídios, Roberto Medina. A facção criminosa é a mesma responsável pela morte do ex-delegado-geral Ruy Ferraz Fontes no mês passado.
Na última sexta-feira (24), o Ministério Público e a Polícia Civil de São Paulo realizaram uma operação que cumpriu 25 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de planejar os assassinatos. Gakiya e Medina são considerados alvos prioritários do PCC há anos.
Em entrevista, Gakiya expressou preocupação com as ameaças, mencionando a possibilidade de deixar o país. Ele destacou a importância da proteção estatal, afirmando que não se trata de um favor, mas sim de um direito. "Eu lamento não só por mim, mas pela minha família, porque só eu sei o que a gente passa nesses últimos 10 anos... O Estado se negou a fazer [a remoção da liderança], se decretou a minha morte. Esse decreto não vai ser tirado. Eu não vou ser perdoado pelo crime organizado, portanto, eu preciso, sim, de proteção do Estado."
Gakiya ressaltou que o PCC possui características de uma organização mafiosa, incluindo a intimidação de autoridades.
Procurador-Geral Pede Mudanças na Legislação
O procurador-geral de Justiça do Estado, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, defendeu mudanças na legislação para garantir a proteção de autoridades aposentadas, algo que faltou a Ruy Ferraz. Ele também enfatizou a necessidade de maior rigor no tratamento de crimes envolvendo o PCC. "Esses gestos que buscam inibir a autoridade são gestos típicos de ação mafiosa. Nós não podemos negar e dizer à sociedade que nós vivemos efetivamente um momento no Brasil que muitos países já viveram."
- Intimidação de autoridades: Tática comum de organizações mafiosas.
- Necessidade de proteção: Urgência em garantir a segurança de autoridades, mesmo após a aposentadoria.
- Rigidez na legislação: Fortalecimento das leis para combater o crime organizado.