O Senado dos Estados Unidos acaba de dar um passo importante para desfazer uma das medidas mais controversas da era Trump em relação ao Brasil: as tarifas adicionais de 40% sobre importações brasileiras. A resolução para barrar essas tarifas foi aprovada na noite de terça-feira (28) e agora segue para a Câmara dos Deputados, onde também precisa ser aprovada para, então, ser encaminhada para sanção presidencial.
Por que essa decisão é tão importante?
As tarifas impostas por Donald Trump com base na Lei de Poderes de Emergência Econômica Internacional (IEEPA) foram amplamente contestadas. Os críticos argumentam que não há justificativa para declarar uma emergência econômica com o Brasil, já que a balança comercial é, na verdade, favorável aos EUA. Essa alegação de 'emergência' é o ponto central da contestação.
Impacto no bolso do consumidor americano
O senador Tim Kaine, da Virgínia, um dos autores do projeto, ressaltou que o aumento nos preços de produtos essenciais, como o café, é uma grande preocupação para os americanos. A aprovação da resolução visa aliviar essa pressão sobre os consumidores.
O que acontece agora?
Apesar da aprovação no Senado, o caminho ainda não está totalmente livre. Uma medida aprovada pelos deputados americanos, que impede contestações às tarifas de Trump, pode dificultar a votação na Câmara. Resta acompanhar os próximos passos para ver se a resolução será totalmente implementada.
Paralelamente, o governo dos EUA também iniciou um processo para ouvir empresas americanas que foram diretamente afetadas pelas sobretaxas, demonstrando uma preocupação crescente com os impactos negativos das tarifas para a economia interna. O USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) e o Departamento de Estado estão conduzindo essas reuniões.
A aprovação no Senado representa um sinal positivo para as relações comerciais entre Brasil e EUA, mas o desfecho final ainda depende da votação na Câmara dos Deputados e das negociações em curso.