A Kepler Weber (KEPL3) divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025, revelando um lucro líquido de R$ 51,6 milhões, representando uma queda de 13,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior. A receita operacional líquida também apresentou recuo, diminuindo 3,6% para R$ 423,3 milhões. O Ebitda registrou uma baixa de 20,8%, totalizando R$ 73,6 milhões.
Apesar dos números negativos, a empresa sinaliza uma perspectiva de recuperação gradual e estabilização, mesmo diante de um cenário desafiador. O CEO da Kepler Weber, Bernardo Nogueira, utilizou uma analogia com um Boeing 747 para ilustrar a situação, comparando a empresa a uma aeronave que consegue voar com apenas um motor funcionando.
Nesse contexto, o motor que impulsiona a Kepler Weber é o déficit de armazenagem no Brasil. Nogueira destaca que o país possui uma capacidade de armazenagem dentro das fazendas significativamente inferior à de outros países, como Argentina e Estados Unidos. Ele se mantém otimista quanto ao potencial de crescimento nesse setor, visando elevar a capacidade de armazenagem no Brasil para 30% nos próximos dez anos.
Destaques Positivos e Desafios
A receita líquida no segmento de Portos e Terminais apresentou um crescimento expressivo de 97,4%, enquanto os Negócios Internacionais cresceram 23,6% e a Reposição e Serviços teve alta de 10,8%. No entanto, a empresa enfrenta desafios como margens apertadas, restrição de crédito devido à alta inadimplência e juros elevados.
Investidores parecem concordar com a visão de Nogueira sobre a solidez da Kepler Weber. A base de acionistas cresceu 13,7%, demonstrando confiança na empresa mesmo em um ano difícil para o agronegócio.
Embora as ações da KEPL3 acumulem uma queda de 14,7% nos últimos 12 meses, apresentaram uma alta de 5,01% nos últimos 30 dias. Resta acompanhar como o mercado irá digerir os resultados do terceiro trimestre.
O que esperar?
- Recuperação gradual no setor de agronegócio.
- Aumento da capacidade de armazenagem no Brasil.
- Crescimento contínuo nos segmentos de Portos e Terminais e Negócios Internacionais.