O Ministério da Saúde anunciou uma mudança significativa na odontologia brasileira: o fim gradual do uso de amálgama, o material prateado utilizado em restaurações dentárias por mais de um século. A decisão, que visa reduzir o impacto ambiental causado pelo mercúrio presente no amálgama, marca uma nova era na saúde bucal do país.
Por Que o Fim do Amálgama?
O amálgama contém mercúrio, um metal pesado que pode ser prejudicial ao meio ambiente se descartado incorretamente. Durante a 6ª Conferência das Partes da Convenção de Minamata (COP 6), o Brasil reafirmou seu compromisso de reduzir o uso desse material, alinhando-se a práticas mais sustentáveis e seguras.
O Que Acontece Com Quem Já Tem Amálgama?
Especialistas tranquilizam: quem já possui restaurações antigas de amálgama não precisa se preocupar. A remoção não é necessária, pois as restaurações existentes não representam riscos à saúde. A mudança foca na prevenção de novos impactos ambientais.
Transição Gradual e Acesso à Saúde Bucal
O Ministério da Saúde enfatiza que a transição será gradual e segura, garantindo que a população continue tendo acesso aos tratamentos odontológicos essenciais oferecidos pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Uma proibição imediata poderia comprometer a cobertura assistencial e os resultados em saúde bucal, afetando os princípios sociais e constitucionais do SUS.
Alternativas ao Amálgama
Nos últimos anos, o uso de amálgama no Brasil já diminuiu significativamente, caindo de cerca de 5% para 2% dos procedimentos odontológicos restauradores entre 2019 e 2024. Esse declínio foi impulsionado pela crescente utilização de materiais alternativos, como resinas compostas e ionômero de vidro, que oferecem estética e segurança.
O Futuro da Odontologia Brasileira
A decisão do Ministério da Saúde é vista como um passo positivo para a modernização da odontologia no Brasil. A busca por materiais e técnicas mais sustentáveis e seguras, aliada à manutenção do acesso universal à saúde bucal, define o rumo do setor nos próximos anos.