A decisão dos Estados Unidos de reduzir tarifas para alguns produtos agrícolas brasileiros, embora positiva, expõe a urgência de o Brasil negociar a remoção da sobretaxa de 40% que ainda incide sobre outros itens da pauta de exportação. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta que países sem essa sobretaxa terão mais vantagens competitivas no mercado americano.
Impacto da Redução Tarifária
Segundo a CNI, a redução tarifária anunciada pelo governo americano se aplica a oitenta itens exportados pelo Brasil aos Estados Unidos. Em 2024, as exportações brasileiras desses produtos totalizaram US$ 4,6 bilhões, representando cerca de 11% do total das exportações brasileiras para os EUA.
Poucos Produtos Beneficiados Integralmente
Apesar da redução, apenas dois produtos (castanha do Pará e três tipos de suco de laranja) ficarão totalmente isentos de tarifas. Os outros 76 itens, incluindo carne bovina e café não torrado, ainda enfrentarão taxação, impactando a competitividade brasileira.
Declarações de Donald Trump
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que não acredita serem necessárias mais reduções tarifárias, defendendo que a administração americana ganhará "muito dinheiro" com as tarifas. Ele mencionou que a China comprará mais soja americana e que houve conversas com representantes chineses.
Alegada Falta de Indústria a Proteger
Trump justificou a redução tarifária em alguns produtos alegando que eles não são competitivos em território americano e, portanto, não há indústria a ser protegida. Ele afirmou que o objetivo é reduzir ainda mais os preços.
Implicações para o Brasil
A CNI enfatiza a importância de o Brasil negociar rapidamente um acordo para que os produtos brasileiros voltem a competir em melhores condições no mercado americano. A manutenção da sobretaxa de 40% pode prejudicar significativamente as exportações brasileiras e a economia nacional. A urgência em buscar alternativas e acordos comerciais favoráveis se torna cada vez mais evidente.