Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e outros quatro executivos foram soltos após decisão da Justiça. A desembargadora Solange Salgado, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), concedeu liminar em habeas corpus, revertendo a prisão preventiva decretada na Operação Compliance Zero, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na semana passada.
Apesar da soltura, Vorcaro e os demais investigados terão que usar tornozeleira eletrônica, estão proibidos de manter contato entre si e seus passaportes seguem retidos pela PF. A investigação apura fraudes bilionárias nas operações com o Banco Regional de Brasília (BRB). Vorcaro foi preso no dia 17, quando tentava embarcar em seu jato particular em Guarulhos rumo a Dubai. A PF apreendeu carros de luxo, obras de arte e R$ 1,6 milhão em dinheiro.
A decisão da desembargadora Solange Salgado considerou que, embora existam elementos que justifiquem a investigação, os crimes atribuídos a Vorcaro não envolvem violência ou grave ameaça à pessoa. Ela também impôs outras restrições, como a proibição de atuar no setor financeiro.
O escândalo envolvendo o Banco Master, que é acusado de vender R$ 12 bilhões em títulos de créditos falsos para o Banco de Brasília, culminou com a liquidação do banco pelo Banco Central. Cerca de um milhão e seiscentos mil clientes que tinham investimentos no banco só poderão receber até o limite de R$ 250 mil do Fundo Garantidor de Créditos.
Repercussão da Decisão
Os advogados de Vorcaro comemoraram a decisão judicial, alegando que a prisão era ilegal e não se sustentava sob aspectos jurídicos. No entanto, a investigação continua e o caso ainda terá novos desdobramentos.
Próximos Passos
- Análise das provas apreendidas pela Polícia Federal.
- Depoimentos dos investigados.
- Avaliação do impacto da liquidação do Banco Master nos investidores.
A sociedade aguarda o desenrolar das investigações para que todos os fatos sejam esclarecidos e os responsáveis responsabilizados.