O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), causou um terremoto político ao adiar a sabatina de Jorge Messias, o Advogado-Geral da União indicado pelo presidente Lula para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão, anunciada nesta terça-feira, 2 de dezembro de 2025, gerou fortes reações e levanta questões sobre a relação entre o Legislativo e o Executivo.
Alcolumbre justificou o adiamento alegando uma "omissão grave" do governo Lula, referindo-se à ausência do envio da mensagem escrita formalizando a indicação de Messias. "Essa omissão, de responsabilidade exclusiva do Poder Executivo, é grave e sem precedentes. É uma interferência no cronograma da sabatina, prerrogativa do Poder Legislativo", declarou o senador em nota oficial.
A sabatina de Messias estava agendada para o dia 10 de dezembro e envolveria sua participação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, seguida de votação. Caso aprovado na CCJ, o nome de Messias seria submetido ao plenário do Senado, onde precisaria de pelo menos 41 votos para ser confirmado.
Segundo o regimento interno do Senado, o envio da mensagem escrita é um requisito fundamental para a análise da indicação. Alcolumbre argumenta que, embora a publicação no Diário Oficial e o anúncio da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) já tivessem ocorrido, o documento oficial com a indicação precisa ser formalmente lido no Senado.
Repercussão e Próximos Passos
O adiamento da sabatina de Jorge Messias certamente intensificará o debate sobre a indicação para o STF e as relações entre os poderes. Resta saber como o governo Lula responderá à crítica de Alcolumbre e quais serão os próximos passos para garantir a realização da sabatina e a confirmação do nome de Messias para a Suprema Corte.
Aguardamos os próximos capítulos desta novela política que promete agitar Brasília nas próximas semanas.