Juiz dos EUA impede Trump de manter ativista pró-Palestina preso

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Um juiz federal dos Estados Unidos decidiu que o governo de Donald Trump não pode utilizar interesses de política externa como justificativa para manter detido Mahmoud Khalil, ex-aluno da Universidade Columbia e ativista pró-Palestina. Khalil havia participado de protestos contra Israel e a guerra na Faixa de Gaza.

A decisão, proferida na quarta-feira, não garante a libertação imediata de Khalil. O juiz Michael Farbiarz, da Corte Distrital de Newark, Nova Jersey, estabeleceu que a ordem só entrará em vigor na próxima sexta-feira, concedendo tempo para que o governo Trump apresente um recurso.

Khalil, de 30 anos, está detido desde 8 de março. O Departamento de Estado revogou seu green card sob uma cláusula da lei de imigração dos EUA raramente utilizada. Essa norma permite ao secretário de Estado solicitar a deportação de estrangeiros cuja permanência no país seja considerada contrária aos interesses da política externa de Washington.

O juiz Farbiarz argumentou que o governo está violando o direito à liberdade de expressão de Khalil ao aplicar a regra para justificá-lo como uma ameaça diplomática. "A carreira e a reputação do requerente estão sendo prejudicadas. Sua liberdade de expressão está sendo restringida", escreveu o juiz, enfatizando os "danos irreparáveis" causados pela detenção.

O caso de Khalil se tornou um ponto focal em debates sobre liberdade de expressão e os limites do poder do governo em relação a imigrantes, especialmente aqueles envolvidos em ativismo político. Manifestantes têm realizado protestos exigindo sua libertação, argumentando que sua prisão é uma retaliação por suas opiniões políticas.

A decisão do juiz Farbiarz representa uma vitória para os defensores dos direitos civis e da liberdade de expressão, mas o futuro de Khalil permanece incerto, dependendo do recurso do governo Trump. O caso continua a gerar grande atenção midiática e debates acalorados sobre o equilíbrio entre segurança nacional e direitos individuais.

A administração Trump acusa Khalil de omitir informações sobre seu trabalho anterior na Embaixada Britânica no Líbano e em uma agência da ONU. Esses argumentos, somados à sua participação em protestos pró-Palestina, foram usados para justificar a revogação de seu green card e sua subsequente detenção.

Resta agora aguardar a decisão final sobre o caso e seus desdobramentos no debate público sobre imigração e liberdade de expressão nos Estados Unidos.

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