Juiz nos EUA Decide Soltar Ativista Pró-Palestina Detido por Trump

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Um juiz federal nos Estados Unidos determinou que o governo de Donald Trump não pode justificar a detenção de Mahmoud Khalil, ex-aluno da Universidade Columbia e ativista pró-Palestina, com base em interesses de política externa. A decisão surge após a revogação do green card de Khalil, motivada por sua participação em protestos contra Israel e a guerra na Faixa de Gaza.

Detalhes da Decisão Judicial

O juiz Michael Farbiarz, da Corte Distrital de Newark, em Nova Jersey, concedeu um prazo até sexta-feira (13) para que o governo Trump recorra da decisão. Khalil, detido desde 8 de março, teve seu green card revogado sob uma cláusula da lei de imigração que permite a deportação de estrangeiros cuja presença seja considerada contrária aos interesses da política externa dos EUA.

Farbiarz argumentou que a aplicação dessa regra viola o direito à liberdade de expressão de Khalil, causando danos irreparáveis à sua carreira e reputação. Ele destacou que a detenção restringe o discurso do ativista, o que justifica a intervenção judicial.

Contexto e Implicações

A prisão de Khalil ocorreu em meio a uma onda de protestos pró-Palestina em campi universitários dos EUA, após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023. A administração Trump tem adotado uma postura rigorosa em relação a esses protestos, buscando deportar participantes e restringir manifestações consideradas críticas a Israel.

A decisão do juiz Farbiarz representa um revés para essa política, reafirmando a importância da liberdade de expressão e do devido processo legal, mesmo em casos que envolvem questões de política externa. O caso de Khalil se torna um precedente importante para outros estudantes e ativistas que possam enfrentar medidas similares no futuro.

Reações e Próximos Passos

A defesa de Khalil comemorou a decisão, destacando que ela protege os direitos constitucionais do ativista. O governo Trump ainda não se manifestou sobre a possibilidade de recorrer da decisão. A libertação de Khalil, se confirmada, poderá influenciar o debate sobre liberdade de expressão e imigração nos Estados Unidos, especialmente em relação a questões relacionadas ao conflito Israel-Palestina.