Juiz impede Trump de manter ativista pró-Palestina preso nos EUA

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Um juiz federal dos Estados Unidos decidiu que o governo de Donald Trump não pode justificar a detenção do ex-aluno da Universidade Columbia, Mahmoud Khalil, com base em interesses de política externa. Khalil, um ativista pró-Palestina, foi preso após participar de protestos contra Israel e a guerra na Faixa de Gaza.

A decisão do juiz Michael Farbiarz, da Corte Distrital de Newark, em Nova Jersey, impede que o governo use uma cláusula da lei de imigração para deportar Khalil. Essa cláusula permite a deportação de estrangeiros cuja presença seja considerada contrária aos interesses da política externa americana.

O juiz Farbiarz argumentou que o governo está violando o direito à liberdade de expressão de Khalil. "A carreira e a reputação do requerente estão sendo prejudicadas. A sua liberdade de expressão está sendo restringida", escreveu ele, acrescentando que isso resulta em danos irreparáveis.

Apesar da decisão favorável, a libertação de Khalil não será imediata. O juiz determinou que a ordem só entrará em vigor na próxima sexta-feira, para dar tempo ao governo de Trump para recorrer. Khalil está preso desde 8 de março e teve seu green card revogado pelo Departamento de Estado.

Khalil é acusado de omitir informações sobre seu trabalho anterior na Embaixada Britânica no Líbano e na agência da ONU para refugiados palestinos. O governo Trump também alega que sua participação em protestos pró-Palestina no campus de Columbia, em 2024, foi antissemita e representa um risco à segurança nacional.

A prisão de Khalil faz parte de uma tentativa mais ampla do governo Trump de deportar participantes de protestos pró-Palestina que ocorreram em universidades americanas após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023.

Reações à Decisão

A decisão do juiz foi recebida com satisfação por grupos de direitos humanos e defensores da liberdade de expressão. Eles argumentam que a detenção de Khalil é uma tentativa de silenciar vozes críticas à política de Israel.

Por outro lado, apoiadores do governo Trump defendem a detenção de Khalil, alegando que ele representa uma ameaça à segurança nacional e que suas atividades são antissemitas.

O caso de Khalil levanta importantes questões sobre os limites da liberdade de expressão e o uso de leis de imigração para reprimir o ativismo político.

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