Dólar Dispara para R$ 5,52 com Juros e Tensão no Oriente Médio
O dólar comercial fechou a sexta-feira (20) em forte alta, cotado a R$ 5,5248, representando um avanço de 0,45%. A valorização da moeda americana ocorreu em um dia marcado por turbulências nos mercados financeiros globais, influenciadas por decisões de política monetária e crescentes preocupações geopolíticas.
Decisões sobre Juros no Brasil e nos EUA
Após o feriado, os investidores reagiram à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic para 15% ao ano, o maior patamar em quase duas décadas. O Banco Central indicou que pretende pausar o ciclo de alta de juros para avaliar seus efeitos na economia, mas sinalizou que as taxas permanecerão elevadas por um período prolongado.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) manteve as taxas de juros inalteradas, entre 4,25% e 4,50% ao ano, e reiterou a projeção de realizar dois cortes até o final de 2025. A divergência entre as políticas monetárias do Brasil e dos EUA contribuiu para o fortalecimento do dólar.
Escalada da Tensão Israel-Irã
O mercado também monitora com apreensão o conflito entre Israel e Irã. A declaração de Donald Trump, sinalizando uma possível interferência dos EUA no conflito, aumentou a incerteza e impulsionou a busca por ativos considerados mais seguros, como o dólar. O temor de um bloqueio no Estreito de Ormuz, rota crucial para o transporte de petróleo, também elevou os preços da commodity e acentuou a instabilidade nos mercados.
- Impacto na Bolsa: O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou o dia em queda de 1,15%, aos 137.116 pontos, refletindo o clima de aversão ao risco.
- Petróleo em Alta: O preço do petróleo subiu cerca de 10% desde o início do conflito no Oriente Médio, pressionando a inflação global.
- Cenário de Cautela: Os mercados permanecem cautelosos, aguardando novos desdobramentos da crise geopolítica e indicadores econômicos que possam influenciar as decisões de política monetária.