BRICS: Bloco Desafia o Ocidente? Entenda as Implicações!
A cúpula dos BRICS, iniciada neste domingo no Rio de Janeiro, reacende o debate sobre o papel do bloco no cenário geopolítico global. Lideranças americanas manifestam preocupação com a alegada postura antiocidental do grupo, especialmente diante da presença de países como Rússia, China e Irã.
O que é o 'Ocidente' e por que a preocupação?
O termo 'Ocidente' refere-se tradicionalmente a um conjunto de nações democráticas, incluindo Estados Unidos, Canadá, Europa Ocidental e Japão. Durante a Guerra Fria, esse bloco se opôs à União Soviética. A ascensão dos BRICS, com membros que desafiam a hegemonia ocidental, gera apreensão em alguns setores.
Pressões internas e externas
O Brasil, na presidência temporária do BRICS, enfrenta o desafio de equilibrar as pressões internas, especialmente da China e do Irã, com a necessidade de evitar uma guinada antiocidental. A ausência do presidente chinês Xi Jinping na cúpula levanta questionamentos sobre a influência de Pequim no bloco.
- China: Busca condenar o 'tarifaço' de Donald Trump, mas evita citações diretas aos EUA.
- Irã: Deseja uma condenação mais dura aos ataques contra seu território, mas enfrenta resistência para incluir termos mais fortes na declaração final.
Declaração final e tensões diplomáticas
A declaração final do BRICS, obtida pela Folha, critica ações de Israel na Faixa de Gaza, Líbano e Síria, mas evita responsabilizar diretamente Tel Aviv ou o governo Trump pelos ataques contra o Irã. O documento também blinda a Rússia de críticas diretas pela guerra na Ucrânia, enquanto condena ações militares de Kiev.
A complexidade das relações dentro do BRICS reflete a diversidade de interesses e a busca por um novo equilíbrio de poder no mundo. Resta saber se o bloco conseguirá superar as tensões internas e se consolidar como uma alternativa à ordem global liderada pelo Ocidente.