Absurdo! EUA Destroem Contraceptivos e Negam Ajuda Vital na África!

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A decisão do governo dos Estados Unidos de incinerar mais de US$ 9,7 milhões em contraceptivos está gerando indignação e preocupação em todo o mundo. Estima-se que essa medida drástica resultará em 174.000 gravidezes indesejadas e 56.000 abortos inseguros em cinco países africanos: República Democrática do Congo, Quênia, Tanzânia, Zâmbia e Mali.

A Federação Internacional de Planejamento Familiar (IPPF), uma ONG global de saúde e defensora dos direitos sexuais e reprodutivos, expressou forte preocupação com a decisão. A IPPF destaca que mais de três quartos dos contraceptivos (77%) estavam destinados a esses cinco países africanos, onde o acesso a serviços de saúde reprodutiva já é limitado.

A medida do governo dos EUA, que se alinha com a chamada Política da Cidade do México, que proíbe o envio de ajuda a organizações que prestam serviços de aborto, tem sido amplamente criticada como um ataque aos direitos das mulheres e à saúde reprodutiva. Parlamentares e ONGs estão pressionando a França e a União Europeia para intervir e impedir a destruição dos contraceptivos, que estão armazenados na Bélgica e seriam destruídos na França.

Mélissa Camara, eurodeputada francesa do Partido Verde, enviou uma carta à Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pedindo que a União Europeia se pronuncie fortemente em defesa dos direitos das mulheres e dos direitos sexuais e reprodutivos em todo o mundo.

Além disso, a MSI Reproductive Choices, uma organização global de saúde reprodutiva com sede no Reino Unido, ofereceu-se para receber os contraceptivos e distribuí-los a quem precisa, sem nenhum custo para o governo dos EUA. No entanto, a oferta foi rejeitada. Sarah Shaw, diretora de advocacy da MSI, afirma que a recusa do governo é um sinal claro de que se trata de uma posição ideológica e de mais uma frente na guerra contra as mulheres.

A decisão de incinerar os contraceptivos, em vez de distribuí-los a quem precisa, é vista como um desperdício de recursos e uma negação de cuidados de saúde essenciais a mulheres e meninas em países de baixa renda. A situação destaca a importância do acesso a serviços de saúde reprodutiva e a necessidade de políticas que protejam os direitos das mulheres em todo o mundo.

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