Crise no Panamá: EUA vs China! Canal Estratégico em Jogo?
A disputa geopolítica entre Estados Unidos e China ganhou um novo palco: o Canal do Panamá. Acusações mútuas sobre influência e controle da via marítima que liga os oceanos Atlântico e Pacífico acenderam um alerta global sobre o futuro do comércio internacional.
A ONU como Ringue Diplomático
Em uma sessão tensa na ONU, o embaixador chinês Fu Cong acusou os EUA de “fabricar mentiras” para controlar o Canal do Panamá, rebatendo as preocupações levantadas pela embaixadora interina dos EUA, Dorothy Shea, sobre a “influência exagerada” da China na região. Shea havia classificado a presença chinesa como um “risco para o Panamá e os EUA” e uma “ameaça potencial ao comércio e à segurança globais”.
O que está em jogo?
- Infraestrutura Crítica: Os EUA temem o controle chinês sobre portos e infraestrutura essencial do canal.
- Soberania do Panamá: A China acusa os EUA de tentar limitar a soberania panamenha.
- Comércio Global: O Canal do Panamá é vital para o fluxo de mercadorias entre Ásia, Américas e Europa.
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, defendeu a neutralidade do canal, buscando garantir que a via permaneça aberta a todos os países, independentemente de disputas políticas. Ele também alertou sobre o impacto das mudanças climáticas, como a seca, na capacidade de navegação.
A situação se agrava com o pedido do embaixador dos EUA no Panamá para remover operadores ligados à China dos portos principais do canal, intensificando a pressão sobre o país centro-americano.
A disputa pelo Canal do Panamá é mais um capítulo na crescente rivalidade entre EUA e China, com implicações profundas para a economia e a geopolítica mundial. O futuro da via marítima e sua capacidade de servir como pilar do comércio global dependem de uma solução diplomática que respeite a soberania do Panamá e garanta a segurança das rotas marítimas.