O presidente russo Vladimir Putin admitiu que mísseis russos derrubaram um avião da Embraer no Cazaquistão em dezembro passado, resultando na trágica morte de 38 pessoas. A admissão, feita durante um encontro com o presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, representa uma rara demonstração de responsabilidade por parte do Kremlin em um incidente internacional.
Segundo Putin, o incidente ocorreu quando a defesa aérea russa tentava interceptar drones ucranianos que haviam entrado no espaço aéreo russo. O voo J2-8243, da Azerbaijan Airlines, que seguia de Baku para Grozny, capital da Chechênia, foi atingido por mísseis que, segundo Putin, detonaram “a vários metros de distância” da aeronave.
“É claro que tudo o que é necessário em casos trágicos como esse será feito pelo lado russo em termos de compensação e uma avaliação legal de todas as coisas oficiais será feita”, declarou Putin a Aliyev, prometendo uma investigação completa e indenização às famílias das vítimas.
Apesar da admissão, Putin insistiu que os mísseis não atingiram o avião diretamente, sugerindo que a queda foi resultado de danos causados pela proximidade da explosão. A declaração, no entanto, gerou ceticismo, e muitos questionam a versão russa dos eventos.
Repercussão Internacional
A admissão de Putin gerou forte repercussão internacional, com diversos países exigindo uma investigação completa e transparente sobre o incidente. A Ucrânia, por sua vez, negou qualquer envolvimento no caso, refutando as alegações de que seus drones estavam operando no espaço aéreo russo.
O Futuro da Investigação
Resta saber quais serão os próximos passos da investigação e se a Rússia realmente cumprirá sua promessa de indenizar as famílias das vítimas. A tragédia levanta sérias questões sobre a segurança da aviação civil em zonas de conflito e a responsabilidade dos estados em garantir a segurança do espaço aéreo.
- Admissão rara de responsabilidade por parte da Rússia.
- Promessa de indenização às famílias das vítimas.
- Questionamentos sobre a versão russa dos eventos.
- Exigência de investigação internacional transparente.