A Hapvida (HAPV3) apresentou um resultado considerado “muito fraco” no terceiro trimestre, desencadeando uma onda de revisões e preocupações no mercado financeiro. O lucro líquido da operadora de saúde atingiu R$ 338 milhões, mas o desempenho geral ficou aquém das expectativas.
Queda Atinge Ações da Hapvida
As ações da Hapvida sofreram um forte impacto, abrindo em queda expressiva de 32,43%, cotadas a R$ 22,09. A reação do mercado refletiu a decepção com o balanço divulgado.
Dívida e Sinistralidade Preocupam
A dívida líquida da Hapvida atingiu R$ 4,250 bilhões, um aumento de 3,7% em relação ao ano anterior. A sinistralidade caixa, que mede os custos com sinistros em relação à receita, alcançou 75,2%, um aumento de 1,3 ponto percentual, refletindo maior utilização sazonal e o início das operações de novas unidades.
Análise dos Especialistas
O Goldman Sachs destacou que o Ebitda ajustado recorrente foi de R$ 613 milhões, uma queda de 20% em relação ao trimestre anterior e 27% abaixo da estimativa geral. A margem Ebitda ajustada recorrente também ficou abaixo do esperado, devido a efeitos sazonais, custos fixos mais altos e maior frequência de utilização dos serviços.
Investimentos e Expansão da Hapvida
Apesar dos resultados negativos, a Hapvida continua investindo em sua expansão, com um plano de R$ 2 bilhões para a construção de hospitais e clínicas, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro.
CEO Acredita na Recuperação
Jorge Pinheiro, CEO da Hapvida, afirmou que a queima de caixa no trimestre foi pontual e não se repetirá. Ele destacou os investimentos em expansão e a visão de longo prazo da empresa.