O mercado de vales-refeição e alimentação está em polvorosa! O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, acusa as operadoras de terem "lucros abusivos" e afirma que as recentes mudanças no Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) vão reduzir o preço das refeições no Brasil. Mas será que é tão simples assim?
O Que Mudou no Vale-Refeição?
O governo Lula (PT) estabeleceu um teto de 3,6% para a taxa cobrada pelas operadoras de tíquetes de refeição e alimentação de bares, mercados e restaurantes. Antes, esses estabelecimentos reclamavam de taxas de até 6,2%, o que, segundo eles, limitava seus lucros. O Ministério da Fazenda estima que essa medida pode gerar uma economia de R$ 8 bilhões por ano para os trabalhadores, o que representaria um ganho médio de R$ 225 por ano.
A Reação das Empresas
As empresas do setor não ficaram nada felizes. A ABBT (Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador) ameaça ir à Justiça contra as novas regras, criticando especialmente o "arranjo aberto" que permite a emissão dos cartões por mais instituições. A associação teme que isso desvie a função do benefício, que é garantir a alimentação do trabalhador, citando o uso do Bolsa Família em apostas como exemplo.
O Que Esperar?
Ainda é cedo para saber se as mudanças no PAT realmente vão resultar em refeições mais baratas. A ABBT argumenta que não há estudos que comprovem essa redução e que as novas regras podem até aumentar a margem de lucro dos grandes grupos de varejo. O que está claro é que a discussão está longe de terminar e que o futuro do vale-refeição no Brasil ainda é incerto.
- Governo espera economia de R$ 8 bilhões por ano.
- Empresas ameaçam judicializar a questão.
- Trabalhadores podem ter um ganho médio de R$ 225 por ano.