O Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2025 está no centro de uma polêmica após a divulgação de que um estudante de medicina, Edcley Teixeira, teria previsto questões da prova. O caso levanta questionamentos sobre a segurança do exame e a integridade do processo seletivo.
O Banco de Questões do ENEM em Cheque
O presidente do INEP, Manuel Palacios, admitiu desconhecer o número exato de questões no Banco Nacional de Itens (BNI), mas negou a escassez de material. Segundo ele, o INEP utiliza questões produzidas desde 2009, inclusive algumas pré-testadas há mais de uma década. Essa declaração surge em um momento delicado, com acusações de vazamento de questões.
Acusação de Vazamento e a Defesa do Estudante
Edcley Teixeira, estudante de medicina no Ceará, é investigado por supostamente ter vazado questões do ENEM. Ele se defende, alegando injustiça e considerando abandonar seus estudos para se dedicar integralmente a preparatórios para concursos. Em suas redes sociais, o estudante se diz vítima de um julgamento midiático desproporcional.
A Metodologia TRI e a Polêmica
O ENEM utiliza a Teoria de Resposta ao Item (TRI), onde a nota final não depende apenas do número de acertos, mas também da coerência do padrão de respostas. A escala de dificuldade das questões é definida nos pré-testes, o que torna a alegação de vazamento ainda mais grave, pois compromete a validade do exame.
A Polícia Federal investiga o caso para apurar a veracidade das acusações e identificar possíveis falhas na segurança do ENEM. A repercussão do caso levanta debates sobre a necessidade de aprimorar os mecanismos de segurança do exame e garantir a igualdade de condições para todos os participantes.
O caso Edcley Teixeira expõe a fragilidade do sistema e a necessidade de medidas urgentes para garantir a lisura do ENEM, principal porta de entrada para o ensino superior no Brasil.